quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Câmara do Porto com Plano contra a Corrupção

Não pudemos acreditar no que lemos! Não é que o Plano prevê a denúncia, por parte dos colaboradores da Câmara, de “algum procedimento ilegal praticado por um colega”? Como dizia o outro: está tudo doido! Alguém imagina as vingançazinhas que isso pode acarretar? Os medos recíprocos que se desenvolverão? O ambiente de trabalho em que se cairá?
Não! Nunca se acabará com a corrupção e, por este caminho, muito menos. Diminuí-la é possível com uma permanente auditoria aos diversos departamentos, por pessoal externo e constantemente rodado. E, aqui sim, as denúncias dos cidadãos utentes.
E, já agora, que rapidamente desapareça a mentalidade, de que é paradigma a afirmação do director municipal de Finanças e Património a propósito da operação do Aleixo: que a autarquia lucrará independentemente de haver ou não alteração do PDM. Mas que raio de “empresa” é esta (e tantas outras, por esse país fora) cuja preocupação é ganhar dinheiro? Não existem, as câmaras, para servir os munícipes? Será que é isso que fazem? E depois querem acabar com a corrupção! Não nos façam rir!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Regionalização e Municipalismo

Dois homens de esquerda, Pedro Baptista, do PS e Manuel Correia Fernandes, socialista não filiado, discutiram, num almoço promovido pelo semanário Grande Porto, entre outros temas, a Regionalização.
Sampaio Pimentel, do PS-Porto vem também a terreiro defender a Regionalização, e Luiz Filipe Menezes, do PSD, quer a Regionalização na presente legislatura. Não falta, pois, quem queira a Regionalização, apesar de haver, ao que parece, igualmente muita gente, que a não quer.
Apontada como coisa excelente que permitirá inequívoco desenvolvimento local, longe do centralismo lisboeta mas próxima dos fundos europeus, a Regionalização, tal como parece ser concebida pelas personalidades referidas, não passará, em bom rigor, de uma área administrativa ainda mais afastada dos cidadãos, intercalada à força entre o Município e o Governo, geradora de burocracia e proporcionadora de sinecuras aos profissionais da política.
Defendemos, em seu lugar, a implementação do Municipalismo na administração pública. Aquele Municipalismo a que se referia Herculano e que António Sardinha tão bem sintetizou nas suas “Teses”, as primeiras das quais podem, neste Café, ser lidas.
Post Scriptum (5.11.09) - Veja mais aqui.